ações afirmativas
Em 2020, nos reconhecendo como um grupo de pessoas exclusivamente brancas e detentoras de privilégios, iniciamos um percurso de encontros e reflexões sobre nosso papel, enquanto espaço de educação, para desencadear ações que buscassem transformar esse cenário, inicialmente dentro de nossa pequena comunidade.
Partindo do reconhecimento dos impactos do racismo estrutural e da nossa responsabilidade, enquanto branquitude, por sua manutenção, decidimos começar por: olhar para nossas práticas com mais atenção, no sentido de diversificar as referências culturais compartilhadas com as crianças; priorizar a contratação de profissionais não brancos; e investir em formações e letramento racial, tanto para a equipe quanto para as famílias.
Ampliamos nossos repertórios de brincadeiras, histórias, músicas e demais referências estéticas e culturais, o que foi potencializado com a chegada de educadoras e educadores negras e negros, suas histórias, conhecimentos e bagagens.
Em 2022 tivemos alguns encontros de formação e letramento com Giselda Perë, da Agbalá Conta, e com Magda Figueiredo; o que nos possibilitou terminar o ano com a decisão conjunta, famílias e instituição, de dar mais um passo importante, com a abertura de bolsas afirmativas para crianças negras.
Assim, iniciamos 2023 com um plano de ação onde o Aldeia das Crianças oferece 2 bolsas integrais e a comunidade se mobiliza para viabilizar a captação de um fundo financeiro para mais 2 bolsas afirmativas.
Paralelamente, continuamos com um olhar atento para nossa prática, nossa equipe, nossos livros, histórias e brincadeiras, nosso espaço físico e as referências estéticas que transmite; e fundamentalmente para as relações étnico-raciais dentro e fora da comunidade. Diálogos que foram nutridos, ao longo de 2023, com ações de Letramento Racial com Giselda Perê e Tatiana Nascimento.
Iniciamos 2024 com um percurso de formações com a equipe, onde Ju Granja e a Cia.Caruru têm trazido inspiração para nossos olhares e repertórios, e onde aprofundamos o pensar. Com as famílias, tivemos um encontro mediado pelo FOZ Grupo para mapear a diversidade de nossa comunidade, e seguimos construindo espaços de troca e aprofundamento sobre a temática das relações raciais.
Cientes de que o racismo estrutura as relações em nossa sociedade, temos buscado estar atentas e atentos aos sinais de reprodução do mesmo nas relações que acontecem por aqui, mesmo entre crianças tão pequenas. Entendemos o racismo e suas reproduções como uma violência que deve ser abordada com seriedade e rapidez, e merecem ações de acolhimento com a criança vitimizada e sua família, diálogos transparentes e abertos com todas as pessoas da comunidade, e ações com todas as crianças que permitam transformar o olhar para as relações raciais.
Entendemos que a Educação Afrorreferenciada e a Prática Antirracista são escolhas diárias e cotidianas; e consistem num campo permanente de pesquisa, reflexão e de revisão de nossas ações – uma vez que o racismo está enraizado e estruturado para permanecer dentro da lógica colonial. Um processo urgente, individual e coletivo, que nunca se esgota e está sempre em construção; e que precisa, fundamentalmente, alcançar toda a comunidade: crianças, famílias, equipe e instituição.
plano de bolsas afirmativas
indicações bibliográficas
Leitura mínima recomendada para todas as famílias, indicamos para quem está ingressando nos estudos sobre a temática:
Leitura fundamental recomendada para quem já leu os anteriores e gostaria de aprofundar um pouco mais nos estudos sobre branquitude:
ações afirmativas
Em 2020, nos reconhecendo como um grupo de pessoas exclusivamente brancas e detentoras de privilégios, iniciamos um percurso de encontros e reflexões sobre nosso papel, enquanto espaço de educação, para desencadear ações que buscassem transformar esse cenário, inicialmente dentro de nossa pequena comunidade.
Partindo do reconhecimento dos impactos do racismo estrutural e da nossa responsabilidade, enquanto branquitude, por sua manutenção, decidimos começar por: olhar para nossas práticas com mais atenção, no sentido de diversificar as referências culturais compartilhadas com as crianças; priorizar a contratação de profissionais não brancos; e investir em formações e letramento racial, tanto para a equipe quanto para as famílias.
Ampliamos nossos repertórios de brincadeiras, histórias, músicas e demais referências estéticas e culturais, o que foi potencializado com a chegada de educadoras e educadores negras e negros, suas histórias, conhecimentos e bagagens.
Em 2022 tivemos alguns encontros de formação e letramento com Giselda Perë, da Agbalá Conta, e com Magda Figueiredo; o que nos possibilitou terminar o ano com a decisão conjunta, famílias e instituição, de dar mais um passo importante, com a abertura de bolsas afirmativas para crianças negras.
Assim, iniciamos 2023 com um plano de ação onde o Aldeia das Crianças oferece 2 bolsas integrais e a comunidade se mobiliza para viabilizar a captação de um fundo financeiro para mais 2 bolsas afirmativas.
Paralelamente, continuamos com um olhar atento para nossa prática, nossa equipe, nossos livros, histórias e brincadeiras, nosso espaço físico e as referências estéticas que transmite; e fundamentalmente para as relações étnico-raciais dentro e fora da comunidade. Diálogos que foram nutridos, ao longo de 2023, com ações de Letramento Racial com Giselda Perê e Tatiana Nascimento.
Iniciamos 2024 com um percurso de formações com a equipe, onde Ju Granja e a Cia.Caruru têm trazido inspiração para nossos olhares e repertórios, e onde aprofundamos o pensar. Com as famílias, tivemos um encontro mediado pelo FOZ Grupo para mapear a diversidade de nossa comunidade, e seguimos construindo espaços de troca e aprofundamento sobre a temática das relações raciais.
Cientes de que o racismo estrutura as relações em nossa sociedade, temos buscado estar atentas e atentos aos sinais de reprodução do mesmo nas relações que acontecem por aqui, mesmo entre crianças tão pequenas. Entendemos o racismo e suas reproduções como uma violência que deve ser abordada com seriedade e rapidez, e merecem ações de acolhimento com a criança vitimizada e sua família, diálogos transparentes e abertos com todas as pessoas da comunidade, e ações com todas as crianças que permitam transformar o olhar para as relações raciais.
Entendemos que a Educação Afrorreferenciada e a Prática Antirracista são escolhas diárias e cotidianas; e consistem num campo permanente de pesquisa, reflexão e de revisão de nossas ações – uma vez que o racismo está enraizado e estruturado para permanecer dentro da lógica colonial. Um processo urgente, individual e coletivo, que nunca se esgota e está sempre em construção; e que precisa, fundamentalmente, alcançar toda a comunidade: crianças, famílias, equipe e instituição.